2.5.07

120

A vida é lôka, negô!

Diante de toda minha impotência e das lembranças de um tempo em que a fraqueza podia ser facilmente atribuída à cegueira alheia, ajoelho-me aos pés de um Deus qualquer. Estendo minha mão ao óbvio e choro com saudade do futuro-mais-que-perfeito que eternizou-se na condição de mera possibilidade.

Será que chegou a hora de pagar pra ver o que essa turbulência toda pode gerar ou é melhor vestir o meu rosto-de-menino-que-não-chora e tentar seduzir mais algumas criaturas indefesas?

A grande verdade é que precisamos sempre optar entre o amor e o auto-controle. Não se pode ter as duas coisas, ou o ser humano ama e é ridículo ou é um egoísta fingindo amar.

Feliz daquele que renuncia à própria existência e doa-se ao amor como único objetivo de vida.
Será que eles não estão certos? Seria a falta de grandes ambições o melhor atalho para o suspiro aliviado que precede o sono eterno?

Pois é, infeliz daquele que inventou o ponto de interrogação.

8 comments:

Anonymous said...

Seduzir criaturas indefesas e obter auto-controle já são ambições enormes, caro Genésio...

Franklyn Gallani said...

E quando se ama sem querer?

Anonymous said...

Franklyn:

Quem ama sem querer, ama... e é ridículo! rss.

maria. said...

feliz aquele que inventou o ponto de interrogação. estupido o idiota que teimou em vir com um ponto final querendo resolver todas as questões. só as dúvidas nos fazem completo, nenhuma resposta é definitiva.

Anonymous said...

Feliz daquele que ama, se deixa amar, questiona e se deixa questinar...por mais que não se tenham respostas certas, acordar e apreciar o que o espelho reflete, por mais que minha cama esteja vazia é tudo que eu faço questão de querer. SEMPRE!

Anonymous said...

Porque a vida toda são escolhas propensas ao erro, e a curva da vírgula é o indicativo da volta obrigatória ao marco zero.

Anonymous said...

ah sim, um adendo: esse post 117 é sensacional!

Anonymous said...

naum vou nem discutir a questão amor aqui citada... tô sem saco!

mas queria dizer que feliz aquele que inventou as reticências...