Pai: O que você está fazendo, filhão?
Filho: Estou estudando redação. Quero ser jornalista quando crescer.
Pai: E isso significa que eu vou ter que pagar mil Reais por mês, durante 4 anos, pra que depois você arranje um estágio onde ganhará 400 Reais, num jornalzinho qualquer?
Filho: Errr...
Pai: Larga já esse livro e vai jogar bola!
30.3.07
24.3.07
22.3.07
20.3.07
15.3.07
102
Enquanto eu chorava, com medo do futuro, o passado me consolava.
Nos enterramos juntos, abraçados.
Nos enterramos juntos, abraçados.
12.3.07
2.3.07
100
Sofro, mas eu vou te libertar.
- Como vai, Michel?
- Bom, a saúde vai bem, o trabalho mais ou menos e o resto uma merda.
Acabei de cometer um ato ridículo. Desde que coloquei na cabeça que preciso ser mais verdadeiro e menos vaidoso tem sido assim. Tateio o meu ideal de homem com a delicadeza de um rinoceronte. Cambaleio a cada passo, perco a compostura e sempre acabo em devaneios tardios, ou, pra ser mais exato, arrependimentos.
Tive tudo que sempre quis sem saber o que queria.
Tive o beijo mais doce, o abraço mais caloroso, o sorriso mais sincero e momentos de absoluta paz.
Dei um monte de nada em retribuição.
Não quero mais falar sobre os outros. Não quero mais olhar pra tudo e pra todos com esse olhar arrogante de quem acha que pode ver algo além do próprio umbigo.
A cada minuto que passa, minha vida perde um pouco mais do sentido que tanto galguei. Das minhas letras de música, crônicas, posts em blogs, grupos de teatro e faculdade de Jornalismo, só restou a certeza de que abusei, e muito, da vaidade.
No fim das contas, o que todos nós queremos é inventar um amor que dure para sempre e algumas teorias que nos tornem bem-vindos em nossas panelinhas. Resumindo: só queremos ser aceitos e ter alguém com quem dormir.
Sim, eu tenho vontade de dizer que as pessoas me enjoam, me enojam, que fingem o tempo todo, que os pseudo-intelectuais são infinitamente mais vaidosos que os mauricinhos/patricinhas e tudo mais... Mas quem sou eu? Será que eu não enjôo ninguém? Será que ninguém tem nojo de mim? E a porra da minha vaidade, onde fica?
Com que cara eu vou sair por aí apontando o certo e o errado, o inteligente e o burro, o mocinho e o bandido?
É muita hipocrisia chamar alguém de hipócrita.
Não vale mais fingir, Michel! Você é o único culpado por tudo de bom e ruim que lhe acontece.
Textos inteligentinhos não valem mais. Pose de descolado, artistinha ou de quem sabe o que quer da vida, também não.
Não vale mais se pendurar em Chico Buarque, Almodóvar ou Dostoiévski, ok?
Agora somos nós por nós mesmos, Michel!
Deixar o passado passar, o berro ecoar e a menina ser feliz.
Tornar-se um ser humano melhor. Menos sincero e mais verdadeiro... Sim, porque a sinceridade é agressão, a verdade não.
Não se pode vencer a vaidade, mas pode-se vigiá-la.
Pois é, Michel, tu ainda tem muito o que cambalear.
Vai devagar!
- Como vai, Michel?
- Bom, a saúde vai bem, o trabalho mais ou menos e o resto uma merda.
Acabei de cometer um ato ridículo. Desde que coloquei na cabeça que preciso ser mais verdadeiro e menos vaidoso tem sido assim. Tateio o meu ideal de homem com a delicadeza de um rinoceronte. Cambaleio a cada passo, perco a compostura e sempre acabo em devaneios tardios, ou, pra ser mais exato, arrependimentos.
Tive tudo que sempre quis sem saber o que queria.
Tive o beijo mais doce, o abraço mais caloroso, o sorriso mais sincero e momentos de absoluta paz.
Dei um monte de nada em retribuição.
Não quero mais falar sobre os outros. Não quero mais olhar pra tudo e pra todos com esse olhar arrogante de quem acha que pode ver algo além do próprio umbigo.
A cada minuto que passa, minha vida perde um pouco mais do sentido que tanto galguei. Das minhas letras de música, crônicas, posts em blogs, grupos de teatro e faculdade de Jornalismo, só restou a certeza de que abusei, e muito, da vaidade.
No fim das contas, o que todos nós queremos é inventar um amor que dure para sempre e algumas teorias que nos tornem bem-vindos em nossas panelinhas. Resumindo: só queremos ser aceitos e ter alguém com quem dormir.
Sim, eu tenho vontade de dizer que as pessoas me enjoam, me enojam, que fingem o tempo todo, que os pseudo-intelectuais são infinitamente mais vaidosos que os mauricinhos/patricinhas e tudo mais... Mas quem sou eu? Será que eu não enjôo ninguém? Será que ninguém tem nojo de mim? E a porra da minha vaidade, onde fica?
Com que cara eu vou sair por aí apontando o certo e o errado, o inteligente e o burro, o mocinho e o bandido?
É muita hipocrisia chamar alguém de hipócrita.
Não vale mais fingir, Michel! Você é o único culpado por tudo de bom e ruim que lhe acontece.
Textos inteligentinhos não valem mais. Pose de descolado, artistinha ou de quem sabe o que quer da vida, também não.
Não vale mais se pendurar em Chico Buarque, Almodóvar ou Dostoiévski, ok?
Agora somos nós por nós mesmos, Michel!
Deixar o passado passar, o berro ecoar e a menina ser feliz.
Tornar-se um ser humano melhor. Menos sincero e mais verdadeiro... Sim, porque a sinceridade é agressão, a verdade não.
Não se pode vencer a vaidade, mas pode-se vigiá-la.
Pois é, Michel, tu ainda tem muito o que cambalear.
Vai devagar!
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